Não Tenhas Muitas Saudades Minhas..está bem?

Foi há dois, quatro anos, talvez dias, ou meses...não sei ao certo o dia em que comecei a escrever e a descrever o diário da tua ausência.

E hoje não te culpo, por me teres esquecido, porque afinal tinhas outras coisas em mente e estavas ocupado demais.

Mas aquela viagem de sonho que realizámos ao mais interior do meu mundo e do teu, foi sim uma viagem de sonho, mas apenas no meu olhar, sob o efeito das minhas divagações perdidas.

Tu nunca chegaste a viver, a sentir ou a desfrutar tudo o que te dei, por isso nem vieste para te despedires de mim e simplesmente ficámos assim.

As fotos que tirámos juntos, já não sinto necessidade de olhar para elas com tanta frequência.

As palavras que hoje escrevo e que nunca te direi, tenho-as escritas e guardadas dentro de uma garrafa selada.

Esta garrafa vou abandoná-la, como fui abandonada por ti, ao capricho dos oceanos.

E apesar de já não saber se foram dias, meses, ou anos, quando decidiste entrar por um curto período na minha vida, aquela garrafa e a mensagem que ela tem vai desaparecer, assim como tudo o que um dia senti por ti.

Por isso, não tenhas muitas saudades minhas, meu querido.

Não te odeio, agradeço-te profundamente. Obrigada por teres aparecido na minha vida e teres-me dado a alegria da ilusão de ser amada por alguém.

Obrigada pelas recordações que ficaram, mas mais que tudo, obrigada por me teres mostrado que chegou a altura de finalmente deixar-te partir.

post scriptum:

amo-te demais para ficar o tempo todo a recordar o que não fui contigo e quero vir a ser.