domingo, 22 de novembro de 2009

Correr Atrás do Vento....

Alguém me sabe informar qual é a actividade menos produtiva que existe?

Aquela que por mais que lutemos, esforcemos e até estamos dispostos a dar tudo de nós...parece não levar a lugar nenhum, nem nunca chegamos a provar nada?


Para mim, é correr atrás do vento...


Correr atrás do vento é inútil, infantil, é ilusão pensar que ele algum dia vai deixar agarrar-se, nem que seja só um dos seus sopros na nossa mão, é engano crer que ele um dia vai beijar a nossa face ou até os nossos lábios suavemente, porque se isso acontecer será apenas para provocar um ligeiro arrepio e sair logo correndo, para começar a mesma partida desde o início.


Hoje sinto-me assim, porque no final da noite de ontem, era quase uma da manhã e eu passeava pelas praias da Costa da Caparica, completamente sozinha, tão só...que as lágrimas que eu não queria que ninguém visse, acabaram por cair cá dentro. Afinal, todos os castelos construídos por mim, revelaram ser apenas cabanas toscas....


Digam-me como faço o vento parar ou como faço para deixar de correr atrás do vento e acreditar que um dia alguém me vai roubar completamente fora de mim mesma e conquistar tudo...em mim e por mim.


Mas não pensem que a culpa é do atrevido do vento, por esse ser muito conhecido pelas suas travessuras de levantar as saias das meninas...não.


A culpa é de quem veste saias, quando podia vestir calças e ficar em casa a comer sopa em vez de sair á rua, numa fria noite de Novembro, quente, alegre e bem-disposta, para voltar só, despida de sentimentos e em lágrimas que ninguém viu.


Próximo sábado á noite, podes passar por mim, soprar ventos e tempestades que não vou sair do meu lugar...ficarei no mesmo lugar onde estou, onde tenho estado sempre, mas desta vez com as portas e janelas bem trancadas...não quero sentir nada de ti por perto...por enquanto.


Fizeste-me sofrer....desnecessariamente.

3 comentários:

Unknown disse...

Jeanette, quanto mais projectamos, maior é o risco de cairmos na desilusão. As coisas nunca acontecem como nós desejariamos que acontecessem, como nós as imaginamos. A consequência será sempre a desilusão, porque tudo fica aquém das nossas expectativas. Nada melhor que deixar acontecer, sem projectar. O que tiver de ser, será... Obviamente que isto é teoria. Parece fácil. Na práctica não é bem assim. Mas devia, Jeanette.

Beijo,

Irina Jeanette disse...

J.P.

Podes crer, tu tens toda a razão:

"o que tiver de ser, será."

Vou tentar lembrar-me disso mais vezes, porque é terrivelmente levar isso na práctica.

Sabes o que dava jeito agora? O meu violino por perto, ou uma praia para caminhar...

Mas o teu abraço virtual também é bom e sinto-me bem melhor...fico com o coração bem mais quentinho.

Thank's for being who you are...and for being there.

Zork Kissis****

Irina Jeanette disse...

* terrivelmente dificil*


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