Estou longe de casa, em terras mouras e logo, logo vou deixar-vos aqui uns petiscos da minha ementa cultural, nestes dias fantásticos em Évora.
De todos os momentos, até agora,foi este o melhor, quando estava num parque com a minha amiga e, ela praticava no violino sons fantásticos que encantavam qualquer ouvido que por ali estivesse.
As pessoas passaram por nós, mas um rapaz, decidiu aproximar-se e depois de ter escutado interpretações de bach, entre outros génios da música.
Ele o dito rapaz, muit formoso à vista (lá ao longe) aproxima-se e pergunta:
- Querem ir ao concerto do Tony Carreira, a reguengos, logo à noite?
Esta pegunta, foi feita com um sotaque fanhoso que só nos fez foi parar no tempo, no espaço e depois de uns largos minutos de profundo silêncio....olhámos uma para outra, para o local e pensámos:
- Qual foi a parte que ele não percebeu? Música Clássica não é escutar Celine Dion e, foi então que....soltámos as duas uma vibrante gargalhada.
E lá explicámos que o Tony Carreira, não é o género de homem, com o qual seriamos capaz de ter uma relação amorosa, não por ele, mas pela "música" que ele compõe.
Perdoem-me as fãs do senhor, que desgastam as suas lindas e vibrantes cordas vocais, nos estádios, teatros, mercados, pavilhões e pic-nics do modelo no parque da bela vista, a gritar e a divinizar a beleza do homem que ainda ONTEM pastava cabras na aldeia e, com elas aprendeu os primeiros acordes e hoje é por acaso um cantor de sucesso:
- TONY, TONY, TONY...
Ouvir isto, pensar nisto...são exercicios demasiados penosos, para o meu sensível aparelho auditivo.
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