quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Não sou mais eu, mas sei quem quero ser...


Estamos em uma nova década, sim 2020 chegou, o planeta ainda suporta a existência do ser humano. A natureza e Seu criador são extremamente generosos com a nossa raça - a raça humana.

Em mais uma daquelas ondas das redes sociais, as pessoas começaram a postar fotos de sua aparência  no ano de 2010. Alguns mudaram muito, outros nem tanto. Mas será que foi apenas o visual que mudou?

Pensei em o quanto 10 anos fazem a diferença no carácter, ideais e estrutura mental de uma pessoa.

Não sou a mesma pessoa, mudei, cresci e aprendi tanto nos últimos 10 anos que nem sei.

Em 2010 eu era uma pessoa extremamente isolada, pessimista, co-dependente de outros e vivia isolada na minha bolha. Em 2010 fiz a pior asneira da minha vida e espero um dia viver para mudar isso.

Hoje sou uma pessoa que em lugar de reclamação, vive agradecendo, a pessoa que anima e coloca um escritório inteiro de ingleses á gargalhada.

Em 2010, imagem ou aparência não me diziam nada. Hoje procuro ter rotinas e cuidados diários com minha pele, cabelo e tenho vaidade em escolher minhas roupas e nisto o Pinterest virou um melhor amigo.

Em 2010 eu era rápida a julgar os outros, hoje quero estar presente para ser a pessoa que faz a diferença sem julgar nada e nem ninguém, afinal cada um sabe melhor onde lhe doem os pés cansados de andar e vaguear.

Entre 2010 e 2020, viajei muito, conheci muitas pessoas diferentes, culturas totalmente opostas á minha e posso dizer que enchi a barriga de tanto que já viajei e vivi, mas estou ansiosa por outros destinos e descobertas.

Nos últimos 10 anos passei as maiores tribulações de minha vida inteira, perdi a minha referência na vida, minha estrela da manhã, minha irmã. Passei por inúmeros episódios de profunda tristeza e cheguei a conhecer o que é viver com ataques de pânico. Tudo passou, a terapia ajudou a curar as feridas presentes e do passado.

Em 2010 odiava viver sozinha, hoje gosto da minha companhia e dos outros também. Continuo meio anti-social e evito grandes multidões, mas uma saída aqui e ali faz bem á alma.

O que quero concretizar nos próximos 10 anos? Eis a minha bucket list:

- Quero subir na carreira profissional, o mais alto cargo que conseguir na área dos serviços sociais;

- Um safari no Quenia;

- Umas férias em Zanzibar;

- Comprar o carro dos meus sonhos que será um AUDI Q8;

-  Não quero ter filhos...posso até mudar de ideias, mas, não obrigada :)

- Gostaria de crescer e me tornar uma pessoa mais privada, eis um desafio!

- Ter uma melhor saúde física e me tornar uma fanática de ginásios (eis algo impossível )

E tu, que pessoa gostarias de ser em 2030?





quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Letras e Sentimentos Dispersos...


Tem dias difíceis na vida!

Tem dias que o sabor agridoce das coisas, é mais agri do que doce. 

Talvez hoje tenha sido um destes dias para mim, um dia em que certas ideias me ocorrem que por serem talvez super dolorosas, até o resto do corpo se ressente e o teu dia transforma-se numa azia gigantesca, onde os pensamentos são completamente  mal digeridos. 

Ainda é muito cedo para pronunciar em alta voz ou por letras dispersas estas indigestões da vida. 

Chego em casa, coloco música para curar ou talvez tentar que a dor se cale por alguns instantes. 

É o inicio de um novo ano e, antes de qualquer promessa ou meta, decidi fazer uma retrospetiva da última década e desejava não ter decidido metade das coisas que decidi, gostava de ter tido á 10 anos a visão que tenho hoje. Sinto-me no alto de uma montanha muito alta, olhando para o vale la embaixo, sinto vertigens, sinto cansaço, perco a noção do presente e das conquistas, no final de tudo, sinto-me igual Sísifo depois do castigo dos deuses. 

Preciso ser mais generosa comigo mesma é a conclusão a que chego.

Enrolada no meu roupão quente, nesta noite de inverno, vou acender as velas com fragâncias bonitas e no silêncio re-estruturar meus pensamentos para tudo o que é belo, de bom proveito e repleto de boas memórias.

A vontade seria correr agora mesmo em direção á praia e sentar á beira do mar que desbulhasse aos meus pés, realinhando os pensamentos com os sentimentos e num toque de mágica eu escutasse:

"De hoje em diante serás amada,sim, tu terás amor próprio e respeito pelos teus processos de crescimento na vida! Sorri, ninguém mais te vai magoar, nem tu (...) a ti mesma!" 

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

O Poder Refrescante da Verdade

 A verdade é bonita, pura, e aparte da dor que causa quando aceitamos ver o seu brilho e reflexo nos nossos corações.

Se não fosse a dor excruciante que causa, talvez todos estivéssemos mais dispostos a valorizar a verdade. No entanto, quantas vezes a opção de viver na sombra do medo, fugindo da claridade da verdade que nos assombra em sonhos frios da meai noite, que acabam transtornando nossos dias.

A verdade persiste, ela quer sair ao teu encontro, a verdade quer destemperadamente abraçar e beijar o amor e de todos os amores que se vivem e experimentam na existência, breve existência humana, a verdade deseja beijar na boca e prolongadamente o AMOR próprio.

Tanto se fala no amor Eros, o amor Filial, e nada no amor próprio e se não se fala deste é porque estamos carentes da verdade, porque um sem o outro não existe.

O Amor e a Verdade são dois amantes esquecidos, brutalmente separados por uma sociedade que vive de aparências e fingimentos. Uma sociedade composta por pessoas fragilizadas pela dor, que se tornam mestres em camuflar a verdade, pura, crua e simples através de métodos arcaicos de tortura e, dor infligida a outros, ainda que nem mesmo eles disso tenham consciência.

A Consciência habita no coração do Amor e é parte constituinte da verdade, e estes são os órgãos vitais da felicidade e do céu que podemos começar a viver aqui e agora. 

Queres viver um amor verdadeiro?

Então ganha consciência do teu valor próprio, grita do alto da tua infelicidade e coração partido que é impossível continuar a viver a mentira que te ensinaram a contar a ti mesmo e aos outros. Fala a verdade, liberta-te meu amor, vive a paz de um céu iluminado de esperança, novas experiências e alegrias que estiveram trancadas longe de ti, por outros que te quiseram impor a mentira em que vivem.

 O processo de conquistar esse estado de consciência da verdade, do que somos aos olhos de Deus, do nosso valor intrínseco. pode ser até uma jornada dolorosa, mas vale a pena deixar tudo para trás, fazer as malas e iniciar essa viagem sem retorno de conhecimento próprio, de admitir que nosso amor pode ser diferente de todos os outros, mas é único, especial e só isso vale a pena viver.

Viver envolvido pelos cuidados da mentira, amarrado nos nós e cordas de um amor doentio que não te deixa ser quem és, é a maior tormenta, pesadelo e venenosa experiência, mortal, que afinal te vai deixar num estado vegetativo, sem ação, sem cor, sem AMOR, sem Vida.

Por favor, despe-te do preconceito alheio, das suposições dos outros e envolve a tua alma da Verdade de quem és; pois eu vou amar-te até ao fim, agora sim, que conheci o amor próprio, estou preparada para dar a minha vida em amor e verdade a ti. Estou perto, mesmo escolhendo estar longe.

Não desistas ainda, vai e vive, verás como tudo se vai encaixar no lugar certo e no seu devido tempo. Cuida da tua alma, alimenta a tua consciência e amor próprio, engole o orgulho, pisa a pés o medo e sente o poder refrescante da verdade que liberta...antes que seja tarde demais.  Vai e vive, meu amor!!

Nota importante: 
Este texto foi escrito na madrugada de sábado,num Dezembro frio em honra de todo(a)s aqueles que estão a viver em sofrimento e sentem -se sem poder de fazer escolhas difíceis. Espero que se sintam compreendidos, amados e tenham a coragem de ir e viver. Vai doer, mas vai valer a pena!


domingo, 3 de março de 2019

Entre marido e mulher (...) por favor alguém meta a colher

Foi esta semana que fiquei a saber de um caso aqui em Inglaterra de uma jovem que foi ao cabeleireiro e falando com a técnica que arranjava o cabelo, num momento mais relaxante falou como andava preocupada pois recebia ameaças de morte e sofria violência doméstica por parte do companheiro. Depois da jovem ter sido do estabelecimento e por já ser conhecida ali, a técnica avisou. as autoridades que imediatamente tomaram ação. Isto tudo fez-me pensar nos casos em Portugal e sucessivas mortes desde o início do ano. Será que nunca ninguém soube o que essas mulheres estavam a viver? Será nenhum vizinho ouvi-o gritos, choro nos dias, semanas e anos que antecederam as mortes? Será que não se fizeram de moucos?
Penso ser urgente uma conscientização da sociedade desde as mais tenras camadas para isto, que se virmos ou ouvirmos alguém ser abusado seja fisicamente ou emocionalmente deveríamos contatar as autoridades de imediato, com ou sem autorização da vítima, seja ela homem ou mulher ou pior ainda, uma criança. Onde estamos a falhar como sociedade pôs moderna? Ainda nos apegamos a provérbios populares antigos e credinces para escusar a consciência e o dever? Ainda hoje me admiro das vezes que eu, meus irmãos e outras crianças foram espancadas dentro de nossa casa e nunca nenhum vizinho nos abordou ou transmitiu preocupação às autoridades, mas esses eram outros tempos, se é que isso é desculpa. 

Penso que é hora de despertar e exigirmos um pouco mais de nós mesmos, talvez com atitudes proativas se consiga fazer a diferença e salvar uma vida ou duas! 

Até quando o silêncio e o virar de costas? 

E tu qual a tua opinião?

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

O doce salgado sabor da viagem a Portugal

Escrevo este post enrolada em uma manta quente e, bebendo uma caneca de cappucino que me sabe a chocolate quente, ao som das musicas de Coldplay, uma das minhas bandas de eleição. Sim, regressei a casa, a Inglaterra. Os dez curtos dias em Portugal foram excelentes, mas não sei por que estranhei imenso o meu país e foi doloroso. Desde 2017 que lá não ia e estranhei tudo. Estou mal habituada com a simpatia, delicadeza e humanidade das gentes de Inglaterra e desta vez eu questionei todas as minhas crenças sobre um dia voltar a Portugal, não que as tenhas abandonado, mas sinceramente questionei tudo. Portugal pareceu-me um país triste a contrastar com seus dias de sol gloriosos e o mar cantante que o banha, pois as pessoas andavam cabisbaixas, zangadas e mostravam-se sem tempo para gentilezas e afetos. Desde a mulher que empurrou o meu marido na H&M para ela ver os produtos, sem nem pedir licença, ao motorista da Uber que nos passou a perna, viajando por rotas aleatórias a fim de sacar mais algum para o seu bolso, aos rostos acizentados e sem brilho que por nós passavam. E a qualidade de vida? cheguei a ter uma reação física de mal disposição quando no supermercado vejo um gel de duche ao preço de 7 euros. Um pouco desta energia refletiu-se em mim, pois estive sem luz e meio que calada, o que é absolutamente estranho para mim, que gosto de andar sempre na risada, os que me rodeavam comentaram isso mesmo e nos últimos dias lá tentei fazer um esforço para ser mais aberta e voltar ao meu normal, mas a verdade é que respirei de alivio quando sentei no banco do avião de regresso a Inglaterra, voltei a sentir-me humana e não apenas uma sombra cambaleante no meio da multidão. Posso dizer que matei saudades da comida, das praias e do portinho da arrábida e quero voltar no verão, pois aquela luz solar não se encontra em nenhum outro lugar do mundo. Nesta viagem, e pela primeira vez consegui mudar os meus habituais percursos e visitar novos lugares, afastando-me do triângulo da destruição, que repetia ano após ano e isso foi totalmente refrescante. Regresso pois a casa com nova motivação, inicie um programa de exercícios diários para melhorar a minha saúde e um novo desafio profissional mais aliciante a todos os níveis e não poderia estar mais feliz, por todas estas coisas. Este ano celebrei as minhas 39 primaveras e para o ano serão 40 e quero estar na melhor forma física possível e ir a um lugar com o qual sonho já tem muitos anos e com este novo trabalho vou poder realizar - um safari em áfrica, e os preparativos já começaram. Agora vou estender a roupa e cumprir outro objetivo do meu dia que é ler 20 paginas de um livro por dia, pois desde que as redes sociais chegaram e o Netflix, que não sobra tempo para nada mais nesta vida e isso precisa mudar HOJE. 

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Voltei para Portugal!

Ontem sobrevoei Lisboa, era noite e sempre que o faço a essas horas penso que a minha cidade de Natal é como um bolo de chocolate cheio de velas, visto lá de cima e, isto talvez porque sempre me sinto uma aniversariante quando volto ao meu lugar. 2019 e desde 2017 que aqui não colocava os pés, e isso é demasiado tempo. Será? Demasiado tempo é ter de emigrar e ficar longe, eu já vou quase com 9 anos longe de Portugal se somar Inglaterra e Brasil. É inevitável a sede de voltar, a fome de tudo o que é nosso. Já cheguei a esta conclusão, a de que por mais que estejas adaptado a um país estrangeiro, nunca te vais sentir totalmente em casa, vai sempre existir aquele sabor agridoce da saudade, dos sabores de casa que ainda que copies as receitas caseiras, elas nunca vão saber igual e ninguém sabe explicar o porquê. Mas a questão hoje é porque ultimamente eu tenho carregado comigo uma certa dose de inveja sobre aqueles que apesar das dificuldades conseguiram ficar, com suas famílias e viver! Será que eu voltaria a emigrar, se me dessem o conhecimento do que tenho hoje? Quase certo que sim, pois sou mais teimosa que porta e, depois voltava a arrepender-me. Quero voltar e este é o ano em que começo os preparativos para voltar. Sinto falta deste meu cantinho á beira mar plantado e sinto que devo voltar com o entusiasmo com que fui e parti - a de mudar o mundo e o meu mundo. Trazer essa força, conhecimento e entusiasmo para o meu Portugal e contribuir para mudar mentalidades, atitudes e valores. Para hoje: um passeio à beira-mar.

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Panqueca, Nutella e filhos

Eu já sabia, mas ontem tive a confirmação. O Rafhael vai ser um ótimo pai.

Temos dois porquinhos da Índia aqui em casa, a Panqueca e a Nutella.

Ontem de madrugada e isto lá pelas 4 da manhã, estas duas pequenas criaturas não nos deixavam pregar olho. A panqueca foi a primeira a chegar aqui em casa e quando percebemos que estava a ficar seriamente deprimida, pois são animais extremamente sociais, fomos buscar a Nutella e desde então quem mandava no pedaço era a Nutella. A panqueca, menina carente deixava a outra fazer tudo e mais um par de botas, até ontem!

Por questões de higiene mudamos a logística dentro da casa delas e em lugar de palha a la garnel, resolvemos forrar a casa com mantas e deixar uma caixa de tamanho médio com o feno para elas comerem e dormirem. A ideia era excelente pois como as duas até aqui dividiam tudo democraticamente, parecia perfeito. Mas não mais, a paz acabou! A Panqueca emancipou-se e entre dentadas, empurrões e muita algazarra lá se apoderou da caixa do feno e de lá ninguém a tirava. A briga foi acalorada nas horas da madrugada e deixar dormir os " pais" nem pensar.

Eu estava cansada e nem pensar que iria levantar do quentinho edredon de penas, para meter alguma ordem na casa.

Nem pensei, eram 4 da madrugada e o Rafha sem nem eu me pronunciar lá foi aquietar as " crianças." Fez isto, duas vezes. Mas ele é muito bonzinho e apesar das tentativas, elas continuavam numa acalorada e barulhenta discussão. Por último e já sem paciência, lá fui eu, dei dois berros que metem a Mariah Carey no chinelo e um susto e elas lá se calaram.

Resumindo são 8 da manhã e fomos dormir às 4 da madrugada por culpa disto. Será que podemos considerar isto um pré estágio?

O Rafha vai ser um pai extremoso e bom companheiro nas aventuras de uma futura maternidade e assim se vai o medo do desconhecido. Eu já sabia, mas ontem tive a certeza!

Ah grande homem... uma ode ao Rafha.

by Irina Jeanette

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Bridget Jones Baby - O Filme

Acabei agora de ver o filme da Bridget Jones e apesar de alguns terem falado que não tinha qualquer interesse ou piada, eu não poderia ter gostado mais.

O filme é lindo, apesar do inicio com o já normal linguajar de asneiras que me faz ficar envergonhada  apesar de ser só eu na sala, é como se estivesse eu mesma a pronunciar aquelas feias palavras. Mas, saltando essa parte menos auspiciosa,  o filme é encantador, divertido e tocante.

Fala sobre o amor e como ele foge a todas as equações matemáticas, racionalismos e previsões.
O amor tem essa capacidade de ir e voltar, do nada, apanhando-nos totalmente desprevenidos tal como o choque de uma gravidez não planeada.

Ah quando o amor deixar de nos surpreender, chocar, agitar, fazer chorar e rir, é porque não existe mais amor, talvez respeito ou amizade, pode um dia ter sido tudo e, hoje não ter sobrado nada de nada.

O amor pode materializiar-se diante dos nossos olhos e desaparecer no instante seguinte....

Pode estar naquele abraço que nos surpreende, na conversa no meio da noite, nas diferenças irreconciliáveis e na única semelhança ser o fato de desejarmos estar juntos pelo resto das nossas vidas, mesmo nas idas e vindas de um relacionamento.

Amar é incerteza, sempre será....

Amar é não querendo, querer....

Amar é permanecer, quando tudo te pede para fazer as malas e partir....

Amar é ficar magoado vezes e vezes sem conta e segurar as pontas... porque a outra parte fere, mas também traz a cura.

Talvez seja o sentimento de que viver sem amore sem dor, não faz sentido! Porque enquanto doer, sabes que estás vivo e isso é como aquele ar gelado da manhã de inverno, um frio que choca e refresca e nos deixa confusos sobre se aquilo é de fato bom ou mau. No entanto, encaras o frio e segues a vida até que um dia já não vives sem ele, é a tua droga, a tua adição e vais precisar sempre senti-lo vez após vez porque no fundo queres te sentir viva.

A vida não é boa se tiver sempre a mesma temperatura. Se o amor arrefecer, podes aquecer e ressuscitar os batimentos dessa relação, mas se estiver acomodado, morno, indo, mas não necessariamente em movimento, então terminou, sem nunca ter conhecido um fim.

Nunca tenhas medo dos extremos das temperaturas do amor, o muito quente ou ou muito frio dá para gerir e transformar, no amor o pior que se pode pedir é o equilíbrio e o balanço, porque todos temos algum transtorno emocional em nós que transtorna o outro, mas que o mantém fascinado e o apega á nossa alma  de formar inexplicáveis e que não queremos nunca ver partir.

São as diferenças irreconciliáveis que nos tornam tão vulneráveis, mas tão especiais e semelhantes nas nossas necessidades, desejos e ambições.

O novo filme de Bridget Jones discorre sobre tudo e fiquei de coração cheio em ter visto algo tão leve e bonito.

Se forem românticos e ainda não viram, vejam!

Mas se forem racionais e desprovidos de paixões desnecessárias pelas surpresas da vida e tudo na vida se resumir a fórmulas e equações, não percam o vosso tempo.


domingo, 25 de dezembro de 2016

Montando a árvore de natal.....

Desejando a todos um santo e feliz Natal, deixo o vídeo mostrando nossa casa e árvore :)








Que sejam felizes e alegres estes dias !

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

A Disney e eu...

Nasci nos anos 80 e vi alguns desenhos animados que marcaram e nenhum era da Disney.
Eram os Thundercats, Tom Sawer, e outros que não tinham mariquices nenhuma.
Penso que a grande onda Disney tenha começado lá pelos anos 90 com o Rei Leão e a Pequena Sereia, pelo menos foi o grande bummmmm. Já era adolescente e queria outras coisas que não desenhos animados.
O Rafha nasceu nos anos 90 e adora a Disney e agora a pequena sereia lixou-me a vida. O Rafha quer ir aos parques da Disney em Paris, mas talvez precisa encontrar companhia primeiro não sei. Penso que eu entrar num lugar assim será dos maiores sacrifícios de amor que já fiz na vida. Detesto multidões, coisas globalizadas, toda a economia do gasto e desperdício desses ambientes e, ainda sou capaz de começar a filosofar sobre a existência e o valor da vida humana num dia na Disney. Nós dos anos 70/ 80, somos pensantes, conseguimos grandes revoluções na história e o pessoal dos 90 só quer é party, festa, barulho e confusão.
Já estou a ver a minha cara de perdida e chateada num fila de 1 hora e meia para entrar num brinquedo.
Já me tentei convencer que sou pró Disney, mas é mentira, não sou nada. Eu sou é anti pessoas em grandes unidades, às resmas, andando em paletes.
Esta sou eu, sempre inconformada e chata.
Sou capaz de ir a Paris e não colocar os pés nesse lugar, pois prefiro ficar esticada num parque, na relva a observar pessoas, escutando música ou lendo um livro e ter mais prazer nisso.
Mas é um dos grandes Must Do da wish list do Rafha e onde ele gostaria de me levar, mas e se depois eu até gostar um pouquinho e ficar descerebrada?
É uma questão de vida ou morte num relacionamento ir á Disney ou não, de ser ou não ser. É como se eu escolhesse permanecer sapo, independentemente de muito beijo e recusasse virar princesa. Serei sempre o Shrek, o Gru Maldisposto desta relação, não tem jeito. Disney ainda não és para mim....
Será que terei de me render por amor?
Ser ou não ser, eis a questão!


by Irina Jeanette

Ah... e coisa e tal e o Natal

Não me considero uma pessoa materialista! E o Natal é chato pah!
Passo a explicar porque: ora esta coisa de sermos "obrigados" a ter de dar prendas a todos, menos ao menino Jesus, mexe com o meu sistema nervoso. Não gosto de obrigações, pois durante muito tempo fui obrigada a muita coisa e hoje quero ser livre, para ofertar quando quiser sem ser cobrada por isso.
Na minha mente em vez de pensar no que iria receber, não, esteve sempre a odeia de convidar alguém que não tivesse uma família para passar o Natal . E nem foi preciso ir muito longe, já tenho os meus convidados especiais.
Para evitar gastos excessivos fizemos apenas um pequeno plafon de gasto para oferecer algo entre mim e ele, simbólico, porque o Rafhael ama o Natal e toda a tradição e, eu vou fazendo as coisas para o ver feliz.
Fora o nosso pequeno espectro familiar não existe a necessidade de gastar com nada e nem ninguém, não tenho amigos secretos, só inimigos. Quando eu oferecer algo a alguém foi genuíno e de coração inteiro e não porque tinha de ser, caso contrário tínhamos desconfianças, murmúrios e falta de paz.
E que alívio, fiz uma listinha do que ia comprar, porque também detesto compras, lojas, shoppings, corridas entre corredores e atropelando a vida pelo meio. Com essa listinha em menos de 1 hora comprei tudo o que precisava e depois vou revelar aqui para vocês nos dias seguintes ao Natal.
O Velhinho lá do Polo Norte por mim pode ir para a reforma ou para uma residência de idosos, que do meu Natal.... cuido eu!


by Irina Jeanette

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Milagres Acontecem....

Nao sei por onde começar ao escrever este post, não sei mesmo. Lágrimas misturam-se com as palavras e as emoções tocam as pontas dos dedos.
Existem alturas na nossa vida em que achamos que perdemos tempo, oportunidades e deveríamos ter escolhido outro rumo.

Quem me conheceu naquela época, deveria pensar:

"óh coitadinha o que anda ela a fazer com a vida? Mas que desperdício."

Eu tinha 17 anos quando decidi desistir da escola, naquele ano eu tinha aprendido que Jesus era uma pessoa boa e Deus amável e queria dar minha vida a ele. Nesse ano e nos que estavam por vir eu cuidei de crianças carenciadas. Era o Ruben, a Rita, a Soraia e a Ana e muitos outros que passaram e tocaram a minha vida, crianças lindas, anjos de Deus e com eles passei os próximos anos e o que fazíamos?

Com eles ensinei da melhor maneira o que sabia sobre Deus e Seu amor, não somente levando á igreja, mas em casa, todos os dias nos sentávamos para contar histórias da bíblia no velhinho flanelografo da Casa Publicadora Brasileira.

Com estes meninos cantava hinos cristãos, fazíamos orações antes de comer e dormir e tentava que através desse conhecimento um dia eles conseguissem superar os traumas, os medos, a tristeza e sorrissem, enfim, tivessem a capacidade de se tornarem bons cidadãos do mundo e felizes filhos de Deus.

Tínhamos os passeios no campo, na praia onde eles aproveitavam comigo para brincarmos juntos, verem que existe beleza na natureza criada e amor, muito amor apesar das deficiências de um mundo manchado por más decisões de adultos que fazem os mais pequeninos sofrer.

E os desenhos, rabiscos, atividades, músicas ensaiadas para as festas de Natal das igrejas locais ...

A alimentação natural, vegetariana para que aprendessem o valor da nossa vida e saúde, mas também dos animaizinhos....de todas as criaturas era ensinado respeito.

A beleza do dia de sábado, um dia em que tinham sempre roupas e sapatos mais bonitos para vestir e irmos juntos á igreja e depois existia sempre algo especial depois do almoço, afinal era sábado.

Eram coisas pequenas, singelas, nada de especial ....

Deste mundo fez parte a Luísa, a Ana Vasques e o Paulo Torres, pessoas voluntárias, amigas e que de coração cheio de amor os amavam e cuidavam dando do seu tempo o melhor para colocar um sorriso nos seus rostos.

Esta semana o Ruben veio falar comigo....

Somos amigos no Facebook, mas não nos vemos há quase 20 anos pois foi retirado de nós e nunca mais o vi. É um homem e só Deus sabe como ficou rasgado o meu coração e con=mo chorei por este menino; aliás por todos os que um dia foram minha família e tiveram de partir para seguir as suas vidas, vidas diferentes, longe de mim e do meu olhar. Eram filhos que me roubavam e pelos quais chorei durante anos. Depois, muitos e muitos anos depois, superei e segui... 

Hoje, vinte anos depois, o Ruben vive em Espanha, é um homem!

Fui seguindo até hoje, pensando porque segui aquele rumo? Porque desisti da escola e perdi tanto tempo? Foram 7 anos, dos meus 17 aos 24 era uma menina antiquada sem muitas perspectivas de vida e trancada no mundo de sua casa, onde lia a bíblia todos os dias, cuidava de crianças e era uma educadora para elas.

Como eu dizia, o Ruben ontem veio falar comigo e com uma pergunta:

- Irina, qual o nome da Igreja que íamos quando eu estava com a tua família e em tua casa?

Eu disse:

- Adventista do Sétimo Dia, porque Ruben?

A resposta não tardou muito:

- Porque estou ansioso por voltar a esse lugar, a essa igreja, são tantas as boas memórias desses tempos, as histórias que me contavas, as músicas e tudo o que vivi em vossa casa e na verdade nunca entendi porque me levaram para longe de vocês e da vossa casa. Quero encontrar Deus, pois sinto que ele tem estado comigo todos estes anos, cuidando e velando por mim. Vou procurar essa igreja aqui onde vivo em Espanha....

Esta conversa foi ontem á noite e esta manhã já tinha uma nova mensagem do Ruben no messenger dizendo que tinha ótimas noticias para mim:

- Falei com o pastor Gabriel da Igreja Adventista da minha localidade e amanhã vou ter com ele para conhecer a família adventista, partilhei minha história e o reencontro está combinado!

As lágrimas descem pelo meu rosto á medida que escrevo isto, aqueles anos não foram anos perdidos e Deus através de mim, da Luísa, da Ana e do Paulo deixaram a semente no coração deste pequenino  menino, hoje homem, que sentiu saudades da casa do Pai do Céu.

A Bíblia diz:

"Ensina o menino no caminho em que deve andar e nem quando for velho se desviará dele'" e é verdade e esta história é mais uma prova disso.

A Elsa um dia, a quem também segurei no colo disse que hoje canta as mesmas músicas que aprendeu comigo e connosco  ao filhinho dela.

O Steven, esse outro meu filho, disse que amou todos os momentos que viveu enquanto meu pequenino protegido em nossa casa e quer vir ficar uns dias connosco aqui em Inglaterra.

Quantas alegria e, espero que todos lembrem um dia um pouco do amor de Deus que tentámos partilhar com eles e sejam pessoas felizes e se um dia tiverem saudades da igreja podem sempre voltar, pois todos estarão de braços abertos para os receber.

Se não, que se lembrem de amar a Deus nas suas vidas e terem amor pelos que os rodeiam e um dia Jesus os receberá a todos de coração e braços abertos.

Deixo algumas fotos daqueles dias vividos, dos meus 17 anos e dos meus meninos e meninas, meus bebes e acabam de me mostrar novos caminhos para a vida, hoje uma nova luz se abriu para mim, obrigada Ruben e obrigada Deus ....


A Elsa, Soraia, Ruben, Miriam, Ana e Wilson numa festa de Natal na igreja da Reboleira cantando músicas da época e ensaiados pela Ana Vasques


      Foto tirada nos jardins que ficam em frente á Igreja Adventista do Sétimo Dia de Corroios com o     querido Pastor Ernesto Ferreira, esse homem extraordinário e lá está o Ruben, a Soraia, Ana, a Marlene, Mónica, Elsa, Carla e Marisa.


                      Em um dos nossos passeios pelo campo, eu e minha mãe, o Ruben, a Soraia e a Ana

Em casa com meus meninos, era verdadeiramente mãe ou sentia que o era e aqui está o Ruben, Ana, Soraia, Elsa, Carla, Marlene, Mónica


Um almoço com a fátima, as crianças, a Marisa pequenina escondida lá atrás, a Soraia, a Ana, o Ruben, meu irmão e mãe.

Milagres acontecem e hoje eu testemunhei um e chorei.......

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Post de Gratidão

Hoje sou grata a Deus porque a doença foi e nem rasto dela. Porque tenho queridos amigos que oram e ou torcem por mim e enviaram as mais queridas mensagens de apoio para este dia tão importante em Londres. Hoje vocês fizeram com que as lágrimas viessem aos olhos e fizeram com que me sentisse amada . O teste só para dizer que correu muito bem e foi simples na minha opinião. Tudo isto porque me preparei muito para este dia. Professores, mentores, amigos e irmãos um bem haja a todos e que todo o bem que me fizeram e desejaram se duplique nas vossas vidas em até 100xs mais. ❤️❤️❤️❤️ Ao meu marido Rafha Souza porque sempre acreditou em mim; mesmo quando pensei em desistir de tudo e lutou lado a lado para me manter sã, focada e feliz nesta jornada, só tu entendes o quanto doeu chegar aqui. Te amo💝💝💝


by Irina Jeanette

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Lisboa, menina, moça e cidade amada!





Está frio e já acordei há imensas horas e uma eternidade atrás, mas ainda não senti a energia para começar o dia de hoje. Já bebi um chá para que a mente se predisponha a sair do estado vegetativo em que se encontra. Inglaterra dá-me sono. Em Portugal nos últimos dias eu estava e sentia-me viva. 
Agora aqui no calor e quentinho de casa, onde a árvore de natal já está montada, escuto Adele e já me levantei umas 4 vezes e comecei a trabalhar, sem que realmente isso tivesse acontecido, é só mental.

A Adele vai me erguer o espírito e o corpo deste estado letárgico da vida, pois já estou a procrastinar e adiar a vida pelos últimos 3 dias e isto é capaz de dar errado. Deve ser a saudade, o continuar deslocada numa realidade que nunca vai ser a minha e uma rotina forçada a tudo e a nada. Sou grata pela vida, onde quer ela que seja, mas sei onde sou feliz e não é aqui.

Pelas 4 horas da tarde, vou com o marido ás compras e rever a cidade que não vejo nos últimos 12 a 15 dias; ruas monótonas que não as cheia de vida como a da minha Lisboa, ruas onde não se sente o cheiro de peixe assado, onde não existe fumaça das castanhas assadas, trânsito apressado e rude. De tudo isto, sinto falta! Sinto falta de ouvir falar português onde quer que vá, da meia de leite no café da esquina com uma torrada de pão alentejano para começar o dia e da disputa das pessoas pelo jornal da manhã, enquanto este passa de mão em mão, mesa em mesa até á insatisfação do cliente que foi esquecido e ficou desatualizado da atualidade.

Saudades dos comentários foleiros nos transportes públicos sobre a política nacional, o Destak que se vai lendo um pouco por toda a cidade, do detestar dos portugueses dos espanhóis e como dizem que a Letitia não come para não c*g*r. 

É um ser português que não se intimida, nem se perde em rodeios e falsas simpatias, é uma frontalidade e honestidade que se gosta ou não se gosta e, se não o problema é teu. 

Quero cafés de esquina e não salões de chá....

E quero café a qualquer hora do dia, ah esse cheirinho que pavimenta nossas ruas e o ar que nos rodeia. Quero lá saber do chá das 5...

Quero pastéis de nata, quero lá saber de scones...

 E nunca vou mudar o ser em mim, sou portuguesa, lisboeta e hoje quando sair á rua vou enfrentar o dia como tal, que para mim isso do Keep Calm, não existe, ou é isto ou sopas.

Lisboa, menina, moça...cidade amada, já sinto a tua falta e desejo voltar para ti.

Quem sabe em breve nos veremos num abraço de retorno apertadinho?

Is It Friday Yet?

Novo vídeo no canal do Youtube, com os temas que agitaram esta semana nas redes sociais e na imprensa internacional.

Assistam, comentem e partilhem :)





Até ao próximo vídeo

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Bacalhau e Pão

Levo azeitonas, queijo de cabra, azeite gallo, queijo de ovelha mas não tenho mais espaço para o pão alentejano na mala e o bacalhau para o natal e o que faço agora? Vou me desfazer de roupas e sapatos, está decidido! Ser emigrante é isto!


by Irina Jeanette

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Gratidão

Por todo o lado onde vou vejo as pessoas reclamando. As pessoas queixam-se da vida, do emprego, do marido, da vida, de tudo e de nada. Reclamam por reclamar, no anseio, no almejo de um futuro melhor. Um futuro no qual se as circunstâncias mudassem, de repente e do nada e quem sabe por um toque de mágica a vida seria melhor, mais plena e feliz.
Eu penso que o mesmo esforço que é feito para lamentar e ser infeliz pode ser colocado no exercício pleno da gratidão. Gratidão até pelas lições de crescimento que tiramos das provações e dificuldades que vivemos. Existe tanto por agradecer, todos os dias acontecem coisas boas e precisamos exercitar o ser feliz. Ser feliz é um percurso e não um destino, podemos ficar completamente frustrados se esperarmos o ser feliz quando casar, ou reformar e não trabalhar mais, quando sair o divórcio ou terminar o curso, quando for receber a esperada promoção. Podes e deves ser feliz e grato hoje, aqui e agora e isto independentemente do que te acontece, até um sem abrigo pode ter momentos de plena felicidade além das preocupações, do frio de inverno das ruas, a indiferença dos que passam e nem um olhar trocam. Agradecer e amar a vida é o melhor e mais fácil exercício da vida. A partir de hoje vou pensar todos os dias em um razão para ser grata e escrever sobre ela.
Ousa ser feliz e escuta a nova música do Robbie Williams que diz:

"Eu amo minha vida
Eu sou livre

Eu não sou meus erros
E Deus sabe que eu fiz alguns

Eu não posso prometer que não haverá tristeza
Eu queria poder tirar isso de você
Mas você encontrará coragem para enfrentar a loucura
E vê-lo porque

Eu amo minha vida
Eu sou lindo
Eu sou livre
Eu amo minha vida"

E tu, hoje podes agradecer porque?




by Irina Jeanette

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Porque foi neste dia há já 3 anos cheios de saudades e de um vazio que dói que partiu aquela que me amava e protegia sempre. Aguardo ansiosamente o nosso reencontro pois disse-lhe Jesus: "Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá;
João 11:25


by Irina Jeanette

Portugal

Chegámos no domingo passado a Portugal, dia 27 de Novembro e de sofá em sofá em casa de amigos temos sido muito felizes. Não existe nada como comprar legumes e frutas com preços e qualidade fabulosas nos mercados de bairro ou na bancada na rua da cidade. Existe uma singeleza em ver os encontros das pessoas nos transportes públicos e porque fazem a mesma viagem há anos, guardam o jornal uns para os outros ou quando se reunem para tomar o café e as torradas no café da esquina. São detalhes que me fazem feliz quando ando por o meu Portugal. Até o ser rude no tratar me encanta porque não é mal em si, é um jeito muito nosso de ser que precisa ser visto com bom humor e por vezes descaso, eu rio e acho piada. Tudo me encanta neste país e sempre voltarei a ele, sempre e um dia será mesmo para Sempre e todo o sempre. O meu eu é feliz aqui.


by Irina Jeanette

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Alice no País das Maravilhas - Violência Doméstica


Quando era criança, tanto eu, como minha irmã gostávamos muito de assistir a Alice no País das Maravilhas e como crianças era dos nossos desenhos animados favoritos, no entanto não tínhamos qualquer filtro que separasse a realidade da ficção. Éramos muito pequeninas, mas talvez em nós já existisse o desejo da fugir da nossa realidade e entrar num mundo diferente. 





A Alice chegava ao mundo das maravilhas por saltar para dentro de um espelho mágico e nós pequeninas. um dia pensámos que esse espelho existia em nossa casa e começámos a fazer as nossas tentativas de chegar ao país das maravilhas. Várias vezes por semana, talvez quando a realidade era mais crítica e oprimia nossos pequeninos seres, queríamos fugir, talvez inconscientemente, e íamos para a frente do espelho e saltar e tentar experimentar de repente abrir os olhos e estar numa realidade mais colorida, cheia de vida, longe de medos. 





Nunca chegámos ao país das maravilhas, nunca fomos a Alice, talvez o segredo fosse esse, se ao menos tivéssemos nascido Alices de outra família, mas éramos apenas a Neusa e a Irina e a nossa realidade era aquela, apenas aquela. 





A Neusa sempre sofreu mais que eu no seu crescimento, olhando para trás vejo que do lado materno existiam claras preferências e diferença de tratamentos. A Neusa era reacionária, talvez por ser mais parecida em natureza com a mãe, o conflito fosse maior, eu era calada e quieta, ouvia, obedecia e calava. 





A Neusa morreu há 3 anos atrás e a data aproxima-se, de uma infância infeliz, ela rumou para um desastre maior, um casamento triste e absurdo com detalhes muito infelizes de violência doméstica e abusos psicológicos e emocionais. Tentou abrigo no seio materno e nunca o achou....a vida não foi boa com ela e descansou, descansou das tentativas de ser feliz, de tentar saltar através de um espelho e experimentar outras realidades, o mundo fechou-se para ela e foi mau com ela. 





Em breve vou fazer uma homenagem a ela, porque ela foi muito amada por mim e lembro sempre a última vez que conversámos ao telefone.





Que triste ela nunca ter percebido que o verdadeiro espelho estava dentro dela, a verdade estava dentro dela, não precisava que ninguém dissesse o valor que tinha ou a beleza que me encantava e a outros, pena que os espelhos onde procurou por aprovação e amor, sempre mentiram e disseram coisas que destruíram sua fantasia, desejo, sonho de ser feliz. 





Um dia irei reencontrar a minha irmã, sou teimosa e tenho fé e aí será num país real de muitas maravilhas, sem a necessidade de espelhos ou ficção, a realidade do amor, da fé e da verdade vai encher nossos corações e dar uma nova vida.





Espero que outras mulheres e homens, que sofram num país sem maravilhas, nas suas vidas, casamentos ou famílias tenham a coragem de se libertar, falar, buscar ajuda e apoio, antes que seja tarde demais. Parem de tentar sair da vossa realidade através da ficção que ele/ela algum dia vai mudar e sim ainda podem ser felizes apesar dos abusos. A realidade é a realidade, encarem os vossos medos e entrem num mundo novo mais pacífico onde a vossa felicidade depende apenas de vocês mesmos e de mais ninguém. O vosso porto seguro, pode chegar numa conversa com um amigo, uma denúncia, um colocar um ponto final nesse círculo de tristeza, lágrimas e abusos. Sejam fortes e saltem desse mundo para uma realidade melhor. A vida não é colorida como nos desenhos animados, mas podemos ser felizes, basta arriscar e ser feliz.


quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Falando de Dinheiro | Irina Jeanette | Respondendo TAG

Vídeo desta semana no canal do Youtube | Irina Jeanette Souza Esta semana falamos de dinheiro, onde gastamos mais, as coisas mais estranhas que fizemos por dinheiro e sonhos de ganhar uma fortuna.



Espero que gostem e deixem comentários sobre vossos sonhos, prazeres e dificuldades em relacão ao dinheiro.

Love <3 p="">

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Manual de Sobrevivência...


Dentro de alguns dias viajamos para Lisboa e aquilo que poderia ser apenas férias ou lazer, na verdade nunca o é.

Portugal desde 2013 é lugar onde consigo ter as mais altas taxas de ansiedade e sofrimento, quando regresso a Inglaterra volto sempre doente. O meu corpo reage muito mal a esses níveis de ansiedade e stress, da última vez foi um internamento em hospital de 3 dias com uma doença de pele que roubou meu sono e deixou marcas por mais de 1 ano. Não teve diagnóstico, sabe-se s[o que o meu sistema imunitário foi totalmente abaixo, enfim...já passou.

Ontem tive o primeiro pesadelo relacionado com a viagem e acordei com suores frios. Horrível!

Imaginem se sonho antes da viagem, o que seria se tivesse de mudar para viver de novo em Portugal? Apesar de que essa é a minha vontade, preciso ser racional e ter a certeza que por razōes de sobrevivência da espécie é melhor ficar quietinha onde estou.

Vou construir um plano para não enlouquecer ahahah, porque a coisa agora ficou feia.

Como vou ficar perto da praia e longe de onde cresci, tenho boas hipóteses de sobreviver e ser feliz, talvez se eu deixar os assuntos treta, para os assuntos treta e depois que terminar, ir passear, comer fora, ser feliz e viver como se estivesse em outro lugar do mundo de férias. Distanciar-me talvez da realidade dentro da realidade seja o ideal. Será possível?

Alguém com ideias e sugestōes para um manual de sobrevivência em Lisboa ou seja lugares para descontrair e abstrair de tensōes?

domingo, 13 de novembro de 2016

Aprendi a ser feliz....depois dos 30

Foi no Brasil, em São Paulo aos 31 anos que aprendi a ser feliz.

A minha infância não foi bonita e de criança, cedo tive de aprender a lidar com muitas pressões e traumas, mas só hoje olhando para trás vejo isso, na altura, talvez pensasse que aquilo fosse normal a todas as crianças. 

Só quando um dia fugi das realidades que me cercavam e fui morar a 10 horas de distância de avião, comecei a ver, sentir e experimentar a felicidade simples que é viver.

Foi lá em São Paulo, no Brasil, entre 2011 e 2013, experimentei coisas novas e vivi a felicidade. Coisas como andar de skate, viver numa família funcional, fazer minhas escolhas sem opressōes exageradas e entender o valor único da individualidade humana.

Estava tão feliz e livre que tinha saúde e com certeza menos 40 kilos que tenho hoje, o amor cura, o amor faz bem ao corpo e á alma e por isso deixo três fotos como prova desses dias livres, bonitos e cheios de felicidade....depois dos 30!




Is It Friday Yet?


Na sexta- feira começou uma nova rubrica no meu canal do youtube e nele vou discutir os assuntos que mais mexeram a atualidade dessa semana.

Espero comentários vossos e interacção pois isso é o que mais legal deste vídeos.

Podem e devem também sugerir os temas a debater, vamos a isso?

Ë toda a sexta-feira na rubrica: Is It Friday Yet?


quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Go Trump...( to hell)

Hoje passei o dia de cama, acho que me levantei para tomar um duche e cantar os parabéns á sogra, neste dia de profunda tristeza mundial pela eleição de Trump. A história é um ciclo, a estratégia de marketing político dele foi brilhante, a América profunda gosta é dos mauzões. Não querem políticas amigáveis e restrição na compra das armas, é um povo de uma cultura de guerra muito grande. Ele com todos os canais a falarem mal dele, só conseguiu marketing gratuito e assim ganhar mais adeptos. Os poderes mundiais na minha opinião estão a arregimentar para um grande conflito mundial contra as minorias, sejam eles refugiados, imigrantes, pessoas de outras fés e por aí fora. A América fez o que já se fez em Inglaterra com o Brexit, isto é tudo sobre extremismos, nacionalismos raciais e afins. E v
amos lá pensar amigos, porquê a surpresa? Não viram já nos países europeus as ideias nacionalistas e ideais racistas se pronunciaram de forma tão acentuada e crescente nos últimos anos? Falam do Trump e das ideias dele, como se não tivessem os nossos governos adotado estratégias semelhantes relativamente aos refugiados e outras minorias. Menos hipocrisia e já ajudava. Não é só a América que está doente .... é a humanidade!

A história repete-se só isso....

Lavanderia do Alabama anuncia que lava roupas apenas para pessoas brancas, EUA, 1951.

* “We Wash for White People Only” – Birmingham, Alabama. 1951



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