sexta-feira, 18 de setembro de 2009


O grupo com o qual viajei, era muito divertido e se bem que no inicio, todos somos amigos e rimos uns para os outros, ao fim de alguns dias já temos as nossas preferências pessoais e as pessoas com quem mais gostamos de passar o tempo.
E eu sou igual ao mais comum dos mortais.
Uns dias depois de estar na Albânia, já só viajava, ria, passeava e partilhava momentos com três lindas pessoas que conheci.
No entanto,sempre procurei ter uma atitude o mais plural possível, dentro dos limites que posso dar e investir numa relação com os outros...por isso fui sempre conversando com todos.
Não era preciso conhecermo-nos na intimidade, apenas partilhar momentos divertidos num país estranho, era o que melhor existia para enganar a saudade.
No entanto, como existiam muitos rapazes e meninas solteiros, muitos começaram a tornar-se amigos coloridos e todos felizes e contentes, lá lavavam as loiças um ao outro, trocavam sorrisos e olhares de cortar a respiração e fecharam o círculo de amizades ali, no outro, no singular.
Por mim tudo bem, fico feliz se isso os faz felizes.
Mas tudo mudou, quando uma pessoa que preocupada comigo, se dirigiu a mim e fez as perguntas que mais odeio que me façam.
- Porque és assim com os rapazes? Sempre tão retraída? Tu não vês que podes estar a afastar rapazes interessantes? Devias com a tua idade (como se uma pessoa tenha prazos de validade para amar, igual à dos iogurtes) procurar casar e ter filhos.
E sem que eu desse uma resposta satisfatória, a pessoa deu algumas sugestões ao meu problema de preferir estar no meu quarto em "clausura", a ler e a escrever postais para os amigos, em vez de estar a fazer entretenimento, ou em grupo.
Sim, porque eu decido os tempos e horas de atenção que dou aos outros e se esgoto essas reservas num dia, reservo o silêncio da escrita e da leitura, para recarregar as energias perdidas, porque amar é dificíl.
A pessoa em questão, e que eu admiro, propôs então que eu fosse apresentada a um jovem de 41 anos, quando regressasse a Lisboa e assim todos os meus problemas seriam resolvidos por mágica.
Que ódio...detesto que disponham assim da minha vida.
Por isso a minha resposta, em tom muito cáustico e sarcástico foi:
- Fazemos assim, quando chegarmos a Lisboa, voçê envia-me o curriculum vitae dele, e eu analiso as aptidões do mesmo para ter um lugar na minha empresa, que é a minha vida e que eu não pretedendo deixar ir à falência, por enquanto.
Ele riu-se e eu sorri e a conversa terminou por ali....mas esta história não, porque apenas vos revelei um lado do meu eu e dos desencontros amorosos na Albânia e ainda faltam os encontros.
Mas isso, é para outros voos.....

2 comentários:

Only Words disse...

Ora aí está algo que acho bastante interessante e irritante ao mesmo tempo! Acho interessante conhecer e socializar com novas pessoas, mas irrita-me que essas mesmas pessoas partam do pressuposto que podem dar palpites sobre as nossas opções sem nos conhecer de parte alguma! Enfim, as relações humanas são assim mesmo, por isso há que contornar o incontornável, como tu bem o fizeste ;)

Irina Jeanette disse...

Only Words;

Eu já fiz a minha escolha e devo ser respeitada por isso.

É claro que as pessoas podem sempre opinar, eu é que nestes assuntos sou um pouco má a lidar....e por vezes não dou a resposta que as pessoas esperariam ouvir, ou ter as atitudes de uma "solteirona" de 29 anos.

Não sou uma adolescente inconsequente e aprendi com os meus erros do passado.

No máximo,tenho uma esperança média de vida superior a 15 dias e "andar" com olhinhos e sorrisinhos ...para depois no regresso à vida real, nada ser, senão ilusões, aborrece-me e eu fujo dessas situações, como fujo de pessoas que esperam isso de mim.

Porque elas estão enganadas...eu não brinco às casinhas...já lá vai tempo disso. tenho de ter algum amor próprio.

Fiz amigos excelentes, que ficam no coração para sempre e dou mais valor a isso, do que ao vazio de uma relação que foi tudo e não foi nada.

Zork Kissis***


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