Estudos revelam que a violência doméstica é um fenómeno preocupante em todos os níveis da sociedade.Para quem julgava, que apenas nas classes mais baixas, existem histórias de amor, quase até à morte, engana-se porque 10% das queixas apresentadas em 2008, às forças de segurança pública em Portugal, estão pessoas de classes diferenciadas.
As vítimas ocupam profissões de topo: médicas, juízas, professoras universitárias e administradoras de empresas.
Fica provado cientificamente que o carácter não é adquirido com o curso de estudos, o diploma final de estudos, ou com o cheque milionário todos os meses.
Hoje em dia, a tendência dos homens para ferir, mutilar ou assassinar as mulheres é vista pela maioria como «politicamente incorrecta», e as leis que protegem as mulheres dos homens, foram feitas, para actuar depois do crime ter sido cometido.
Porque mesmo depois de tantas agressões, quantas vezes a vítima tem de voltar à mesma casa e enfrentar o agressor sozinha?
E depois de ter apresentado queixa, quantas vezes não é ela obrigada a deixar a sua casa e optar por um refúgio distante de tudo e todos, para proteger a vida?
É injusto, como o agressor fica em liberdade, a desfrutar da casa, e a pessoa agredida é que tem de andar em fuga permanente e com medo da própria sombra.
Não me admira pois, que a outra jovem tenha optado por ir comprar o machado à drogaria para defender-se.
Revolto.me porque poucas leis conseguem desmotivar, impedir os homens de exercer a sua vingança contra as mulheres, que sabem bem que o 112 só serve para notificar a polícia de que é melhor trazerem um saco para o corpo e algum detergente forte para limpar a sujidade, porque, quando chegam, a proibição que o tribunal emitiu para o manter longe dela, já está enfiada na boca dela e o rigor mortis está a instalar-se bem, obrigada.
Eu sei que também começa a existir o fenómeno de violência contra os homens e isso entristece-me igualmente, mas uma mulher tem cinco vezes mais probabilidades de ser morta pelo namorado ou marido do que o inverso.



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