Quando se ama alguém, por vezes consegue-se ser estupidamente cego e contraditório na forma como se escolhe demonstrar a essa pessoa a importância que ela tem nas nossas vidas.
Conseguimos assumir as piores das atitudes na tentativa de mostrar o quanto aquela pessoa significa e o quão sortudos somos por a ter.
Estamos tão acomodados a usufruir de certos bens, entre eles a companhia de pessoas especiais, que quando as coisas ficam previsiveis parece que deixamos de dar valor ás riquezas que temos, simplesmente porque as queremos considerar nossas, objectos, propriedades ás quais podemos dar o uso que entendermos.
Mas quando chega a relacionamentos humanos, nada pode ser considerado nosso, porque as amizades, os amores, as paixões são frágeis e precisam de cuidados constantes e nunca podem ser considerados como nossos por direito, como realidades garantidas e inamovíveis.
O OUTRO NÃO É PROPRIEDADE EXCLUSIVA DE NINGUÉM....
Estou sempre a reaprender estas lições...
Fui tão orgulhosa com ele, mimada e infantil ao ponto de acreditar que fosse qual fosse a minha atitude, isso não faria diferença alguma, porque afinal eu podia dispôr de tudo...
...considerei-me dona de algo que não me pertence: um coração demasiado jovem e inocente para entender aspectos complicados meus, da vida e da mente feminina.
Passaram-se dias em que o evitei, em que tudo em mim era Orgulho e Preconceito, a razão tinha-a eu e mais ninguém, e do pináculo desta altivez não quis descer para abraçar aquele de quem tinha tantas e tantas saudades.
Nos primeiros dias tudo parecia correr bem e, eu tinha todo o poder e segurança de quem podia viver só, mas eis que fiquei presa na minha própria armadilha, porque quis acreditar que podia viver sem estar com ele todos os dias, sem rir, sem brincar, sem partilhar.
Nada me faria demover das minhas fúteis intenções de afirmar o meu EU contra todo o bom senso e razão.
Mas os dias passaram, a saudade aumentou e tive de colocar de lado os preconceitos, todo o orgulho acumulado que nublava a minha visão e dar lugar aos sentimentos que tanto resistia...ainda esperava que ele fosse ceder e viesse ter comigo, mas isso não aconteceu.
Estiveste bem, meu amigo, porque caso contrário eu nunca teria visto onde tinha errado...deste-me o tempo e o silêncio suficiente para reflectir, para deixar a paixão egoísta dentro de mim morrer e olhar para ti e pedir-te perdão na forma de um postal.
Que bom que posso contar contigo outra vez, és importante para mim e nunca permitas a ti próprio estar longe de mim por mais década nenhuma, porque sem ti, viver é ainda mais sombrio e pesado que esta realidade obscura que nos cerca aos dois.
Preciso de ti e prometo esquecer - me de mim própria, para lembrar sempre o quanto gosto de ti, porque sei que nunca te esqueceste de mim, de nós e da nossa apaixonante amizade e afectos.
Senti e sinto a tua falta....hoje e sempre.
Até já
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