domingo, 20 de junho de 2010

José Saramago, o Rei Póstumo...

Se Saramago tivesse nascido e vivido no tempo da monarquia, no momento em que escrevo estas linhas, ele estaria a reinar no seu trono...

Quem o colocou no trono?
O Povo...
Quem o assassinou?
A Igreja e o Estado ...

Conta a lenda que D.Pedro I, depois de ver a sua amada morta, mandou exumar o corpo de Inês e colocá-la no trono, onde sempre havia pertencido, para que todos os seus inimigos a ela prestassem a devida homenagem...
Hoje, Saramago era uma pessoa doce e sem arrogância nenhuma, ontem era um homem pretensioso e agitador...

Tal como Inês de Castro, Saramago morreu e hoje assisto, aqueles que o executaram em vida e a sua voz não puderam sufocar, a beijar as suas mãos.
E claro, o Estado português, que com ele manteve uma relação de amor-ódio, hoje canta o Ilustre Peito Lusitano desse velho " de aspeito venerando...cum saber só de experiências feito e, as palavras que tirou do experto peito."
E os restos de ambos jazem juntos até hoje, de D. Pedro I e de D. Inês de Castro, frente a frente, para que, segundo a lenda «possam olhar-se nos olhos quando despertarem no dia do juízo final».
Estes que um dia o cuspiram no rosto, hoje têm o seu juízo final...com o povo a nomear Saramago ao trono da lietratura e filosofia de Portugal.

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