Eu gostava de ter adiado no tempo, este momento. A saudade instala-se, atrevida e sem solicitar autorização.
Prometo que vou olhar tudo isto, apenas como um intervalo no tempo, um percurso que conduz a um bom lugar, ainda que o coração e pés estejam doridos e fatigados de tanto caminhar.
Não é hipocrisia literária quando escrevo o que sinto. Não é hipotético lirismo quando canto e as lágrimas percorrem o meu rosto. É a verdade que o mundo condena em mim. Mundo cego, desvirtuado pela falta de afecto.
Esta noite e antes de ter conseguido adormecer, sonhei.....
Sonhei com o reencontro, com o regresso dos abraços e desejei que o apego fosse embora com ele. Mas não vai, o apego não quer partir e grita com ousadia dentro de mim.
Preciso de fé e coragem e vou agarrar-me á única âncora segura para a minha alma!
Vou viver com sabedoria e ser feliz.
Quanto ao amor...despeço-me dele com um beijo de saudade e digo:
- Até ao reencontro. Que seja meu, teu e nosso!
Afinal a vida é acumular, juntar, partilhar e viver!
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