quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

A Realidade Inglesa: Junk Food


Sou uma apaixonada inveterada por culinária e por comer, confesso e isso tanto me traz alegrias, como amargos desapontamentos. Bem, não estou aqui para falar de mim agora... 
Uma das razões pelas quais gosto tanto de viajar e conhecer novas culturas é o fato de também experimentar novos sabores, receitas e ideias na cozinha. Observações sobre a realidade inglesa  assim que chegamos:
1- As cozinhas são extremamente minúsculas, quando comparadas com a maioria das que conheci até hoje;
2- O corredor dos frescos no supermercado é curto e a variedade é básica e quase nula, podemos contar pelos dedos da mão as frutas á venda; isto representa 5% do supermercado
3- os restantes 95% do supermercado é para enlatados, congelados e comidas altamente industrializadas e processadas, de alto valor calórico e baixo valor nutritivo;
4- as escolas mais modernas, igual a laboratórios de química extremamente complexos, possuem hoje cozinhas equipadas ao nível Masterchef para os jovens e crianças aprenderem a arte e o saber de cozinhar.
A conclusão ao final de um ano a viver em Inglaterra é a de que este povo não passa tempo na cozinha, não perde tempo com coisas fúteis destas. O preço são campanhas de alerta contra a epidemia do câncer na televisão, com estatísticas alarmantes de que 1 em cada 3 cidadãos vai conhecer ou conhecer alguém com a doença. Uma sociedade obesa, onde jovens menores de idade já sofrem de diabetes tipo 2 e sujeitam-se a cirurgias violentas de redução de estômago. Temos de ser criativos neste país para ter hábitos saudáveis na hora de comer, porque os apelos são gigantescos para perder a linha. Que bom é vir de um lugar onde as famílias se reúnem á volta da mesa e sabem para que serve um fogão e as crianças podem saborear pratos variados preparados pelas mães, tias e avós. Aqui chega-se da escola, esquenta-se uma pizza no microondas e é isso. Por vezes é na simplicidade que se guarda todo o encanto e beleza da vida. 
   

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