segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Spellbound


Na sexta-feira ia eu muito concentrada na rua a pensar no sentido da existência e os meus profundos pensamentos são abruptamente interrompidos por uma voz alta que exclama: "IRINA".

E eu espreito da janela do meu olhar para o outro lado da estada, a principio muito indignada com a ousadia da pessoa que interrompe a actividade do meu lóbulo frontal...logo agora que eu estava a chegar á plenitude do conhecimento.

Vejo um rosto conhecido, sorrio... e depois da famosa "conversa de elevador", em que falas de tudo e não dizes nada, porque afinal a existência resume-se a um vago: sim...sim, está tudo bem, surge a suprema questão...tcharannnnn!

A questão que faz parar a órbita destas pessoas em volta do sol, para a voltarem para mim e perguntarem: " E Tu Quando Casas?"

Mas que raio de pergunta...já para não nomear a proposta indecente que me fizeram á dias:

" Tens de arranjar uns meninos"

Mas anda tudo cego?

Eu até já estudei uma resposta para estas perguntas:

Eu escolhi estar sozinha e sou feliz! E tu és feliz casado(a) e com meninos?

Tento controlar os meus impulsos selvagens...e despeço-me com um politicamente correcto: Adeus e termino a conversa.

A todos os intressados informo:
Quando casar eu mando publicar no Diário da Répuública, circulares, outdoors e anuncios de jornais, para que não se atrevam a interromper meus doces pensamentos, com questões sórdidas.

Sim...mudei de vida, tenho um compromisso fabuloso, estou encantada com a pessoa maravilhosa com a qual partilho o meu dia-a dia, ainda que separados por milhas de distâncias e não falamos sobre casamentos ou filhos, porque para nós o mais importante não é o objectivo da caminhada, mas o percurso que se faz até lá.

E por favor, não me façam perguntas parvas, o meu cérebro tem alguma plasticidade, mas com questões destas bloqueia totalmente. Ajudem-me a manter a sanidade mental, por favor.



4 comentários:

Anónimo disse...

Eu cá detesto perguntas. Não gosto nada que pessoas com quem não tenho intimidade me façam perguntas. E perguntas dessas irritam-me solenemente. Então, se é assim, mais vale divertir-me e gozar um bocadinho com a pessoa. Sim, vou casar, ando a adiar porque só na Holanda é que me posso casar com a Maria. E os sêxtuplos que comprei na Índia estão quase a chegar... É que é preciso mão de obra para a nossa plantação de papoilas e a marijuana não cresce sozinha.

Irina Jeanette disse...

lol lol...consegues sempre surpreender-me com os teus comentários ;) :)))))))))

Anónimo disse...

Queres um tomate?

=)

Irina Jeanette disse...

lolada..ainda me faz rir até ás lágrimas...


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