quarta-feira, 21 de outubro de 2009

O Fim dos Homens...Ou Nem por Isso.


Hoje acordei a pensar nisto:

Existem actualmente mais mulheres que homens?

Vejam a vossa própria família, na turma do secundário, na universidade, nas bancadas do parlamento, na maternidade, quem está em vantagem? As mulheres ou os homens?

Pois ...bem me parecia, são as mulheres.

E já observaram como este mundo é cheio de contradições e complexidades?

Porque razão as mulheres que estão em clara vantagem numérica ainda não fizeram completo uso dela, para mudar radicalmente o seu papel na sociedade?

Será porque os valores judaico-cristãos transmitidos numa qualquer catequese, escola dominical por um qualquer padre, presbítero, pastor ou ancião, explicava que o papel das mulheres era o da submissão, na família e na sociedade, pois o homem é que tinha o poder, a cabeça e a autoridade dada por deus para liderar e comandar?

Para mim, uma sociedade saudável deve equilibrar as forças, senão vejamos o diz o Jornal de Negócios sobre esta matéria, no dia 22 de Agosto de 2008, numa matéria da autoria de Raquel Martins:

"As mulheres portugueses ganham menos do que os homens, estão mais vulneráveis ao desemprego e são o grupo onde os contratos precários mais têm aumentado.

Este retrato é agora confirmado por um estudo da Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho (Eurofound) que aponta Portugal como o segundo país europeu onde as diferenças salariais entre homens e mulheres são mais visíveis.Apenas na Eslováquia as diferenças de salários são superiores às verificadas em Portugal, chegando aos 26,9%."

Mas não se deixem enganar, porque um salário na Eslováquia é muito superior ao salário mínimo português, quase que independentemente da função exercida.
Nos Estados Unidos, uma mulher normalmente ganha 76 cêntimos, por cada dólar ganho pelos homens, resultando numa perda ao longo da vida de cerca de 650 133 dólares.

E para ganhar o mesmo salário anual que um homem, na mesma função, uma mulher teria de trabalhar dezasseis meses por ano.

Eu tenho a esperança, de que mais cedo ou mais tarde as mulheres vão descobrir como equilibrar as forças e o poder e, quando isso acontecer alguns homens vão suplicar por misericórdia, porque não somos o sexo mais fraco, muito pelo contrário.



post scriptum:
Quando faço referência aos valores judaico -cristãos, não pretendo fazer qualquer tipo de discriminação, porque também eles são úteis e fundamentais na nossa sociedade.
Apenas questiono, até que ponto não deveríamos questionar o que nos ensinaram, de uma forma positiva e saudável para equilibrar nossas vidas.
Aproveitando tudo o que é bom e questionando outras é que podemos chegar mais além e mais alto.
São livres para discordar, porque isto são apenas divagações e nunca isto será um espaço de certezas absolutas. Por isso comentem, discordem, acrescentem...deêm o vosso outro olhar sobre a matéria.

5 comentários:

Only Words disse...

Curioso este teu post. Por acaso fiz um trabalho sobre este tema para uma cadeira do meu curso de Sociologia. A emancipação da mulher tem sido gradual, embora lenta, mas a verdade é que está a acontecer e não tem comparação com o cenário de há 50, 30 ou 20 anos atrás. Seja como for, esta mudança nunca será tão célere como se deseja, porque as mentalidades e educação da sociedade universal, não querendo particularizar, está demasiado enraizada.

Beijoo

Unknown disse...

É... Devagar se vai ao longe! Pouco a pouco as mentes se vão abrindo, mas há algo que diversos estudos já comprovaram: Competência nas mulheres. Afinal, esse deve ser o critério de avaliação e não o sexo! Parece simples e lógico! Porque será então que demora tanto tempo a se reconhecer isto?
Olha, quanto ao questionar, é lícito que o faças, todos nos questionamos acerca de muitas coisas, porque haveria de me chocar?
No filme do Tarzan o pai da Jane diz que ela está quebrando todas as "convenções", e tu Jeanette porque não haverias de as questionar?
A submissão é importante para que se mantenha a ordem, só que alguns dos melhores líderes usam saias...
Ah pois é...

Irina Jeanette disse...

Only Words :)

Por isso nos entendemos tão bem...falamos a mesma linguagem, sociologia é uma ciência que me fascina.

É verdade que devagar se vai ao longe, mas a mim quer parecer-me que existe já um certo contentamento pelas conquistas realizadas e parámos no tempo.

Se continuar assim, temo que qualquer dia em vez de estarmos no mesmo lugar, andámos para trás.

Temos de reflectir sobre isto e se no nosso local de trabalho, em nossa casa, na educação dos nosssos filhos podermos fazer a diferença...então estamos no caminho certo.

Zork Kissis****

Irina Jeanette disse...

Only Words :)

As conclusões do teu trabalho devem ter sido interessantes...qualquer dia partilha comigo algumas delas, ok?

Kissis***

Irina Jeanette disse...

Luísa;

Amei o teu comentário...as competências da mulher, em vez do género...seria o ideal, numa sociedade equilibrada, mas ainda existe um longo percurso. Não podemos olhar para o que era à 50, 40, 30 anos e contentarmo-nos com isso, temos que olhar para o futuro e ver que no presente ainda existe imensas coisas a fazer, muitas causas pelas quais lutar.

Porque quando agarramos as oportunidades, podemos mudar o mundo, a começar com as vidas dos nossos filhos. Quantos mulheres teriam de ser nomeadas para receber algum grande prémio, pelos caracteres que formaram? É uma obra magnífica.

Tu sabes que te admiro, pela tua inteligência, por seres amável e mais não digo...tu sabes.

Ainda assim, temos de protestar mais, amiga, pelo liderança em nossa casa, no trabalho e assumir o comando com valentia, mesmo que não exista salário ou prémios à vista.

E vou continuar a protestar...porque quero mais, sempre mais.

Para ti e só para ti
Um beijinho muiiiiiiito ternurento
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