
Todos nós em algum momento da nossa vida desejámos ter uma relação privilegiada. Até aqui nada de especial. Parece até absolutamente legítimo numa sociedade como a nossa que se estrutura sobre a existência de pares, o desejo, de todos, e de cada um, de encontrar alguém que seja esse par.
Não, não parece ser, uma expectativa exagerada. E no entanto....
Olhe-se á volta e nem sequer é preciso procurar muito para se encontrar homens e mulheres sozinhos ou infelizes ou quezilentos e reivindicativos nas respectivas relações.
" Não há Homens"
Como se os trauseuntes nas ruas e os seres que enchem hipermercados, restaurantes,clubes,empregos e filas de trânsito não passassem de fantasmas.
Este " não há homens", quer basicamente dizer que não há um que sirva ao meu desejo. Um, onde eu possa encontrar todos os sentidos de que preciso, um que me complete, que me compreenda, que me oiça, que me ame, que me dê suporte e espaço, que me permita ser forte ou frágil, adulta ou infantil, terna ou agressiva. Um que me queira como sou e como não sou mas gostaria de ser.
Já agora, um que seja suficientemente bonito para não parecer que fiquei com ele por desespero, mas não tão bonito que todas as minhas amigas achem que ele está mal empregue. E que seja inteligente e tenha humor ou então uma habilidade qualquer que o torne diferente e apreciado.
Mas tem que ser sensível e chorar e gostar de crianças. Convinha que fosse romãntico e gostasse de oferecer prendinhas a despropósito, que soubesse cozinhar ou então que não se ralasse com isso, que não ressonasse, não transpirasse e que, já agora, fosse órfão de mãe.
Uma relação priveligiada não é, não tem de ser, uma relação idealizada. A relação, essa sim, é que pode ser, se quisermos que seja e fizermos por isso, um lugar de privilégios. O privilégio da partilha, da fruição, da intimidade, do prazer, experiências raras e dificeis e por isso mesmo preciosas. A confusão habitual entre relação privilegiada e relação idealizada -aquela com que sempre se sonhou e se persegue como sendo a única aceitável - dá, na prática, quilómetros de desilusões e de enredos desencontrados. Torna-nos cegos ao que lá está e, do nosso ponto de vista, devia de estar.
Assim sendo, claro que vai continuar a não haver homens.



6 comentários:
Oi,
Mas que grande evolução, o blogue tá lindo.
Então não há homens? Haver há mas de jeito é que talvez seja difícil.
Talvez seja o caso de sermos exigentes, há sempre qualquer coisinha que nos desagrada.
Mas de certeza que a tua cara metade anda por aí, só que ainda não se encontraram, porque de certeza que ele também anda à tua procura.
Beijokas.
Não há homens!! que horror!!
e agora o que fazemos?? não há problema! metemo-nos no cruzeiro que tá em lisboa e fazemos uma volta ao mundo! E de lembranças, trazemos homens de todos os países!! assim temos um para cada dia!! Somos unicas!! mulheres ao poder! yeee! xDDDDDDDDDD
tenho taaanta pena deles!! que ideia!^^
ninguem se mete com a jeanette!!
Aposto que para este texto so existirão palavras femininas a comentar!=)
e talvez algumas do castelo b.
agora a serio! o teu texto está demais! Acho que todas as mulheres têm a mesma opinião que tu! nao ha homens de jeito! ;)
Venho contestar!
Há homens de jeito sim. E muitos. Demasiados.
Mas repara nesta verdade que irei adaptar aqui ao nosso caso:
Os homens são como os parques de estacionamentos: os bons lugares estão ocupados e os livres são para deficientes.
Ó Jeanette, deixa o rapaz transpirar... Quer dizer... Depois tu ficarias envergonhada por sendo tu menina suares e ele não. hehehe Eu cá gosto de nesses aspectos poder ser perfeitinha para eles, já que para eles nós cheiramos sempre a shampô. Que o rapaz transpire, para apreciar o teu aroma de menina! :p
Beijinho
A questão é inversa... a partir do momento em que nos tornarmos, a "mulher" no teu caso "homem" no meu, ideal, a relação deixa de ser apenas priveligiada ou premium para ser mesmo uma relação perfeita (no sentido contratual).
O problema está em nós e não no outro, porque para nos tornarmos seres ideais temos que abdicar do nosso eu (seja lá o que isso for) e sobretudo saber conjugar em todos os tempos verbais o verbo amar. Livra!!! tou a ficar romântico... bahhh :)
Olá Happylookbijoux:)
que ele já nasceu...já, e só de saber isso fico mais descansada eheheeh.
:P Cátria existem mulheres que discordam na totalidade deste meu pensamento...e ainda bem. Na realidade são muitas as que conseguiram encontar Omens com O maísculo, mas raras e no entanto realizadas e felizes as que encontraram Homens com H. Existem Homens maravilhosos, mas em vez de procurar neles o defeito, deviamos reconhecer mais vezes as qualidades.
Ah ah ah Ezequiel, consegui despertar o teu lado mais romântico...que óptimo! Mas a essência é mesmo essa, esqueceres-te de ti e pensares mais no outro...na teoria e nos romances isto até parece fácil...mas quando toca á realidade...Amar é um verbo complicado de conjugar.
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