sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Outros Deuses....

Estou prestes a fazer 30 anos e mais do que nunca, sei que a vida é demasiado curta para ser desperdiçada. Mas apesar de saber isto tão bem na teoria, quando chega a hora de colocar em práctica todas as teorias vão directas para o cesto do lixo.

Quem me manda a mim, sempre que resolvo investir num relacionamento, escolher as pessoas e as circuntâncias erradas?

Mas quando é que eu vou aprender com os meus próprios erros?

Até ontem, estive perdidamente entregue a uma pessoa irresístivel, pelo seu carácter e forma de estar na vida. E quando isto acontece eu perco o discernimento, porque sou capaz de mudar tudo na minha vida para ficar perto daquela pessoa. Uma tristeza!

Uma tristeza porque essa pessoa para que eu não tenha ilusões em relação a nada, faz questão de pelo menos uma vez por mês, dizer-me para eu deixar de acreditar no pote de ouro no final do arco-íris.

E este pote de ouro podia ser um beijo, um abraço , carinhos trocados, entre outros. Estas coisas para mim são tão simples e fazem parte de uma busca natural pelo outro, pelo afecto...mas para ele não.

Um abraço tem de ser distante e frio e os beijos mesmo que sejam no rosto são dispensáveis e opcionais, só para esclarecer a menina aqui que não deve ter ilusões e que ele como bom rapaz cheio de príncipios cristãos deve manter a honra nestas coisas.

Confesso que entre todos os cristãos, pagãos e ateus que conheci, prefiro os dois últimos...porque não complicam, porque não têm medo de viver a vida e porque podem beijar, abraçar e trocar carinhos só pelo prazer de o fazer.

Os príncipios cristãos são bons na vida, mas existe cada mandamento mais complicado que as pessoas inventam que uma pessoa até se contorce com dores.

Quando nos impedem de descobrir o outro, os afectos, as máscaras e as sexualidades sem preconceitos, isso só pode ser porque a pessoa de repente se transformou num tetraplégico emocional, não sabe viver e não deixa os outros terem o prazer de o fazer.

Eu não sou uma liberal perdida, tenho príncipios e regras pelos quais norteio a minha vida, apenas não deixo que os mesmos castrem o prazer de viver e desfrutar de alegrias para as quais fui criada e destinada.

Por isso, eu quero da próxima vez sofrer e desfrutar de uma paixão ateia, um namoro pagão e que todos os meus afectos, máscaras e sexualidades sejam tratados por outros deuses, que não os teus...meu amigo.

Desejas-me sorte...não duvides!

5 comentários:

Blue C disse...

J.Z. os outros espelham sempre aspectos nossos. Procura o aspecto teu que essa pessoa estava a espelhar, trabalha-o e segue em frente.
Cheira-me (aqui à distância) que isso do cristianismo era só um pretexto para algo mais (ou menos) profundo.
Vê lá se não andas tu a escolher "amores dificeis" para não teres que te entregar tu totalmente.
Eu descobri que atraía homens de alguma forma indisponíveis para não ter que estar eu totalmente disponível.

Outra coisa importante: que parte tua acha que não merece ser amada tal como é? Que precisa de se adaptar ao outro, abdicando de si para ficar com o outro?

Beijoquinhas

Irina Jeanette disse...

Blue C ;)

Como eu gostava que a indisponibilidade fosse minha...antes pelo contrário!

Eu quando gosto de alguém desisto de tudo, invisto tudo...a entrega ou a disposição para a entrega é total...mas o amor nunca pode ser obrigado, forçado. Só ama quem quer, quem deseja...e neste caso só eu quero, só eu desejo e isso é insuficiente.


Eu estava disposta a tudo, a fazer as malas e ir viver num iglô no pólo norte e comer gordura de baleia o resto da minha vida, se soubesse que isso iria garantir uma cumplicidade mais profunda entre os dois.

E eu mereço ser amada no meu todo, na totalidade e quanto a abdicar de certas coisas...não posso abdicar de mais nada desta vida, para amar outra pessoa...porque isso significaria abdicar da essência da vida e o próximo homem da minha vida, seria certamente o COVEIRO, porque eu me suicidava e abdicava da minha felicidade em nome do amor.

Zork Kissis***

p.s. desculpa se pareço amarga ou pessimista...não sou! É apenas uma visão destituída de sentimentos românticos.

Unknown disse...

Como saberias se as pessoas e as circunstâncias são erradas se não tivesses investido nelas?
Nem tudo é negativo: aprendeste com a experiência, não foi? Espero que sim...
Também eu espero aprender todos os dias um pouco... O sofrimento, por mais triste que seja, ensina-nos mais lições do que a alegria e o prazer...
Ainda não é tarde para ti ainda podes achar alguém que te corresponda...alguém que te queira, alguém que se entregue...alguém que, faça como Jesus, e te ame sem limites, caso contrário, minha amiga, atrevo-me a concordar contigo e dizer que mais vale ser ateu ou pagão do que cristão sem Cristo...

Anónimo disse...

apenas acho q é a ele q o dedicas..

Irina Jeanette disse...

Anónimo...

dedico o quê????


Layout: Bia Rodrigues | Tecnologia do Blogger | All Rights Reserved ©