segunda-feira, 21 de junho de 2010

Excertos de Gente - A Cabana

" Um silêncio pairou no ar enquanto Mack absorvia o momento. Podia ouvir o sussuro do vento acariciando as árvores e o riso do riacho que corria ali perto a espraiar-se no lago. O dia estava majestoso e o cenário era incrível e de fazer cortar a respiração.
- Quero mesmo compreender. Isto é, acho que o modo como voçês são é muito diferente de todo o ambiente religioso, cheio de boas intenções, em que fui criado e ao qual me habituei.
- Por melhores que sejam as inteções, sabes que a máquina religiosa é capaz de triturar as pessoas
(...)
Em seguida, levantou-se e esperguiçou-se; Mack imitou-o.
- Contaram-me tantas mentiras! -admitiu ele.
Jesus olhou para ele, puxou-o para si e abraçou-o.
- Eu sei, Mack; a mim também. Simplesmente, não acreditei nelas.
(...)
- Não te esqueças que as pessoas que me conhecem são aquelas que estão livres para viver e amar sem qualquer compromisso.
- É isso que significa ser cristão?
- Alguém disse alguma coisa sobre ser cristão? Eu não sou cristão.
A ideia pareceu estranha e inesperada para Mack, que não pôde evitar um sorriso.
- Pois não; também acho que não és.
- Quando chegaram á porta da carpintaria, Jesus parou novamente.
- Os que me amam são oriundos de todas as crenças que existem. São budistas ou mórmones, baptistas ou muçulmanos, democratas, republicanos e muita gente que não vota, nem faz parte de qualquer instituição religiosa.
-Isso significa que todos os caminhos vão dar a ti? perguntou Mack.
- De modo algum - respondeu Jesus, sorrindo. A maioria dos caminhos não vai dar a lado nenhum. O que isso significa é que viajarei por qualquer caminho para vos encontrar.
(...)
Mack soube de imediato o que queria fazer e dirigiu-se para a cabana, à procura de Papá.

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