quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Sobre a vida: ausências sentidas!

 Não imaginava o quanto perdi, apesar de saber que era muito. Há uns dias atrás resolvi, um ano depois da morte da minha irmã ( tempo que não perdoa ) colocar o Ipod que ela usava e ouvir as músicas que ela tanto gostava. Fiquei estupefacta porque um por um, os artistas e as músicas que escutávamos eram simplesmente as mesmas! Nunca partilhámos os nossos gostos e essa é a mais triste realidade, poderíamos ter tido tudo para sorrir, partilhar e viver juntas e isso não aconteceu. Como éramos parecidas fisicamente já muitos o tinham comentado, sempre para espanto meu, mas que também tínhamos os mesmos gostos, eu não tinha a menor ideia! Isto faz me suspirar, pelas ausências sofridas. A realidade de sermos filhas de pais separados, mudou radicalmente os nossos rumos e destinos e quando finalmente acreditei que nos iríamos nos reencontrar e viver uma nova realidade e um novo futuro, já era tarde demais. Eu tento, mas não consigo... A cicatriz é tremenda, imensa ... Não prolongo a dor ou a depressão, escolhi viver! Há um ano atrás perdi a minha irmã, a saudade não a consigo descrever, a dura realidade de que o tempo não vai parar, que é senhor de tudo e não volta atrás, hoje deixa-me consciente que o tempo é curto para amar o suficiente. Anseio que nunca se acabe o amor, a partilha, que aumente e que seja frequente, porque a vida é imprevisível demais e um dia a saudade vai chegar! 

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