domingo, 22 de maio de 2016

Odeio férias (...)

Sinceramente, começo a criar todo um sistema de anticorpos á ideia de férias. As deste ano estavam programadas desde o ano passado, era suposto a família vir do Brasil para um casamento, logo não hesitámos em marcar 1 mês de férias seguidas. No entanto, nada deu certo e mais ninguém pode vir. Na nossa última ida a Portugal combinamos face às mudanças que este mês seria para irmos de carro pela Europa com um casal de amigos, ah fiquei tão feliz, mas também e por circunstâncias fora do control, o casal teve de desmarcar e lá ficamos nós, sem saber muito bem o que fazer. Reúni todas as forças e pensei: não vou desistir! Convidei uma amiga que me garantiu vir connosco e malas quase prontas, a pessoa também volta atrás com a palavra.
Já tínhamos percebido que iríamos passar as ferias sozinhos quando outros amigos souberam da nossa viagem e pediram para se juntar a nós e lá ficamos todos contentes, pois isso representava que teríamos companhia e alguém para dividir as longas horas de estrada; e, ontem desistiriam.
Odeio férias, as coisas em Swindon não correram bem e por estar desempregada quase 2 meses lá se foi o dinheiro pelo cano, dinheiro que teria sido útil. Agora é trabalhar até não ter mais sangue na alma e vida no corpo para pagar as contas atrasadas e reunir algum para as malditas férias. Agora não sei se de carro, para o sul de França ou de avião para a Islândia. É um mês difícil de programar, existem tantas e tão poucas possibilidades. Já não vou contar com ninguém além de mim ou nós para estas férias...claro que ninguém cancelou por leviandade, a vida muda, tudo muda e todos somos obrigados a nos ajustar. Faltam praticamente 20 dias e não sei o destino, alojamento, nada de nada. Só sei que preciso desesperadamente de férias, estou exausta do desgaste das minhas expetativas que outros tão meticulosamente se deram ao prazer e luxo de frustar, gente pobre de espírito, miseráveis. Mas, existem um Deus no céu que nos vai ajudar a encontrar pessoas e situações melhores para nos dar a vitória que tanto buscamos e pela qual ainda não desistimos.
Ontem sinceramente os meus níveis de frustração atingiram um pico único, e dei por mim a pensar: vou largar isto tudo e voltar para Portugal, não vou conseguir nada daqui, estou cansada disto, quero o meu lar, meu cantinho ao sol. Nem ao Rafha confessei isto, mas enfim, eu preciso é de férias, mesmo odiando neste momento cada parte desse conceito. A esta altura, só sei que nada sei, amanhã vamos nos sentar os dois e ver onde nos leva o dinheiro que temos e onde, só espero que no fim tudo dê certo, pois preciso de uma bateria nova instalada em mim. Odeio férias...tenho dito!

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