segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

O doce salgado sabor da viagem a Portugal

Escrevo este post enrolada em uma manta quente e, bebendo uma caneca de cappucino que me sabe a chocolate quente, ao som das musicas de Coldplay, uma das minhas bandas de eleição. Sim, regressei a casa, a Inglaterra. Os dez curtos dias em Portugal foram excelentes, mas não sei por que estranhei imenso o meu país e foi doloroso. Desde 2017 que lá não ia e estranhei tudo. Estou mal habituada com a simpatia, delicadeza e humanidade das gentes de Inglaterra e desta vez eu questionei todas as minhas crenças sobre um dia voltar a Portugal, não que as tenhas abandonado, mas sinceramente questionei tudo. Portugal pareceu-me um país triste a contrastar com seus dias de sol gloriosos e o mar cantante que o banha, pois as pessoas andavam cabisbaixas, zangadas e mostravam-se sem tempo para gentilezas e afetos. Desde a mulher que empurrou o meu marido na H&M para ela ver os produtos, sem nem pedir licença, ao motorista da Uber que nos passou a perna, viajando por rotas aleatórias a fim de sacar mais algum para o seu bolso, aos rostos acizentados e sem brilho que por nós passavam. E a qualidade de vida? cheguei a ter uma reação física de mal disposição quando no supermercado vejo um gel de duche ao preço de 7 euros. Um pouco desta energia refletiu-se em mim, pois estive sem luz e meio que calada, o que é absolutamente estranho para mim, que gosto de andar sempre na risada, os que me rodeavam comentaram isso mesmo e nos últimos dias lá tentei fazer um esforço para ser mais aberta e voltar ao meu normal, mas a verdade é que respirei de alivio quando sentei no banco do avião de regresso a Inglaterra, voltei a sentir-me humana e não apenas uma sombra cambaleante no meio da multidão. Posso dizer que matei saudades da comida, das praias e do portinho da arrábida e quero voltar no verão, pois aquela luz solar não se encontra em nenhum outro lugar do mundo. Nesta viagem, e pela primeira vez consegui mudar os meus habituais percursos e visitar novos lugares, afastando-me do triângulo da destruição, que repetia ano após ano e isso foi totalmente refrescante. Regresso pois a casa com nova motivação, inicie um programa de exercícios diários para melhorar a minha saúde e um novo desafio profissional mais aliciante a todos os níveis e não poderia estar mais feliz, por todas estas coisas. Este ano celebrei as minhas 39 primaveras e para o ano serão 40 e quero estar na melhor forma física possível e ir a um lugar com o qual sonho já tem muitos anos e com este novo trabalho vou poder realizar - um safari em áfrica, e os preparativos já começaram. Agora vou estender a roupa e cumprir outro objetivo do meu dia que é ler 20 paginas de um livro por dia, pois desde que as redes sociais chegaram e o Netflix, que não sobra tempo para nada mais nesta vida e isso precisa mudar HOJE. 

4 comentários:

Unknown disse...

Pois é as realidades vão mudando. Daí a nossa capacidade de adaptação Mas também sinto o mesmo.Novos tempos.

Unknown disse...

Pois tudo muda o ruim que as vezes muda para pior realmente Portugal está a sofrer com valores abusivos... Tudo.
As pessoas estão parecendo doidas só trabalhando...sem tempo para viver.
Mais temos a esperança que isso posso vir a mudar...quem sabe.
Precisamos manter sempre a esperança.
Dias melhores virão.
Porém com tudo isso amo Portugal, quero aqui sim poder desfrutar da vilhice.
Com um bom chá na mão e com a linda paisagem do Rio Tejo.❤️

Alê disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Alê disse...

♥️ Blog atualizado, dá aquele "quentinho no coração". Adoro! ♥️


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